Minha teologia é centrada no Evangelho desde que me lembro. Por ser filho de missionários, eu sempre entendi a importância do Evangelho de no ministério cristão. De certo modo, entendo que esse reconhecimento foi mais uma desenvolvimento natural do ambiente onde eu cresci do que uma convicção que descobri anos mais tarde na vida. Isso certamente aconteceu por influência direta dos meus pais e do ministério que eles realizavam.
Em primeiro lugar, eu vi os resultados da ausência do Evangelho em comunidades indígenas e a transformação que ele produzia nessas mesmas comunidades. Em segundo lugar, eu fui treinado em casa para fazer do Evangelho o cerne das minhas relações: em relação a não cristãos, meus pais me ensinaram a encarnar os valores de Cristo e proclamar Sua mensagem; em relação aos cristão, eles me ensinaram a não permitir que doutrinas periféricas ocupassem a centralidade de Cristo e definissem meus amigos, meus parceiros no ministério, ou até mesmo, definissem aqueles que podem ser considerados ‘dentro’ ou ‘fora’ da Comunidade da Fé.
Por causa do treinamento a que fui submetido na infância e início da juventude, eu iniciei minha jornada de estudos teológicos partindo da centralidade do Evangelho no ministério e em minhas relações. Não à toa, eu me dediquei a ler sobre o Evangelho e fiz da Pessoa de Cristo o centro das minhas investigações teológicas pós-Bacharel.
Contudo, o aprofundamento da minha visão sobre o Evangelho não teria acontecido sem a influência de Tim Keller na minha vida. Sua vida e obra se tornaram fundamentais para meu entendimento do Evangelho e digo que hoje, os escritos e ensinos do Keller, estão mais presentes no meu pensamento do que eu gostaria de admitir.
Falando em admissão, eu preciso iniciar esse post fazendo uma confissão: Eu comecei a ler o Keller apenas depois do meu mestrado, mais precisamente quando considerava a proposta de mudar para São Paulo e plantar a Fonte São Paulo. Sim, eu passei todo o meu mestrado sem ter contato com suas obras. Eu tive o privilégio de ouví-lo pessoalmente na Park Cities Presbyterian Church durante o meu período no DTS, mas confesso que naqueles dias ainda não havia encontrado algum ponto de contato com seu ensino. Aliás, isso é tão verdade que quando ele veio ao Brasil na Conferência City to City America Latina, eu não fui vê-lo pregar. Em outras palavras, com a excessão de alguns vídeos que haviam viralizado e alguns tweets dele que alguém me enviava, eu não havia parado para ouví-lo com atenção.
Igreja Centrada: Visão para Igreja
Isso mudou completamente quando me dedique a ler o livro Igreja Centrada (2017). Sua apresentação do Evangelho na primeira parte do livro ganhou minha atenção, mas foi a segunda parte que ganhou meu coração. A renovação pelo Evangelho, de acordo com Keller seve como base para a vitalidade espiritual, transformação pessoal e impacto missional da vida cristã contemporânea. Essa renovação ocorre quando a mensagem da graça radical de Deus em Cristo desce do intelecto ao coração, reformando nossos amores, desejos e motivações mais profundos. Keller mostra que a transformação duradoura não vem por disciplina moral ou ativismo social isolados, mas pela redescoberta constante da suficiência do Evangelho, que expulsa os ídolos do coração e forma comunidades centradas em Cristo e seu Reino.
Essa implicação eclesiástica da renovação pelo Evangelho demonstra que, para Keller, a igreja não pode ser apenas uma comunidade moral ou um centro de serviços religiosos, mas um organismo vivificado pela constante pregação do Evangelho. Sendo assim, a pregação deveria ser centrada em Cristo, não apenas oferecendo conselhos morais, mas expondo Cristo como a resposta última a todas as necessidades humanas. A adoração, por sua vez, deve ser uma expressão de gratidão e maravilhamento diante da graça, não um rito religioso frio ou uma performance emocional. Além disso, Keller destaca que a comunhão e a missão da igreja também devem ser moldadas pelo Evangelho: comunidades que vivem em humildade, perdão, serviço mútuo e compromisso com a justiça social, como fruto da identidade recebida em Cristo.
Essa perspectiva desafiou em muito a perspectiva eclesiástica que havia recebido no bacharel, nos anos de experiência na igreja e no mestrado. Ela não era uma proposta de ruptura com meu treinamento e experiência, mas apontava para importantes alterações conceituais. Eu me lembro de ler e reler essa parte do livro diversas vezes até o ponto de não conseguir mais adicionar anotações no livro. Entretanto, apesar de todo o impacto que Keller teria causado nesse momento formativo da minha vida, eu ainda não havia me dedicado a conhecer suas obra de modo mais extensivo.
Deuses Falsos: Linguagem da Idolatria
Meu próximo encontro com a teologia de Keller aconteceu quando li Deuses Falsos (2018). Nessa época estava me preparando para uma série de mensagens sobre os Dez Mandamentos, intitulada Ética do Reino. Embora essa série tenha sido influenciada primeiramente pelo livro The Doctrine of Christian Life de John Frame, a exposição do primeiro e segundo mandamento contém uma inegável influência de Keller.
Eu me lembro de comprar o livro por indicação de amigos que me haviam dito que esse era um dos melhores livros do Keller. Assim que peguei o livro em mãos, não parei de ler até terminar. Sem perceber eu li o livro do começo ao fim em uma única sentada. Apesar de serem muitos os pontos positivos desse livro, foi a linguagem da idolatria que realmente causou grande impacto na minha vida e no meu ministério pastoral.
Para Keller, um ídolo é qualquer coisa que é elevada a um valor supremo, substituindo a centralidade de Deus em nosso afeto, confiança e identidade. Ele define a idolatria como a tendência de tomarmos coisas boas e transformá-las em coisas últimas, ou seja, em fontes de significado, segurança e esperança. Keller aplica essa teologia ao mundo moderno, revelando como elementos como sucesso, dinheiro, amor, poder, realização pessoal e até a família podem se tornar ídolos. Esses deuses falsos não são necessariamente pecaminosos em si, mas se tornam destrutivos quando colocados como a esperança última do ser humano. Ele mostra como a idolatria cultural afeta desde a política até a sexualidade, e como ela pode ser sutil, escondida até sob a aparência de virtude. O trágico resultado desse tipo de idolatria moderna é que ela faz exatamente o que os antigos ídolos faziam: eles prometem salvação, mas entregam escravidão.
No entanto, Keller afirma que somente o Evangelho e a adoração do Deus verdadeiro revelado em Jesus Cristo pode libertar o coração humano dessa escravidão. Ele insiste que o caminho para vencer a idolatria não é apenas rejeitar os ídolos, mas substituir seus encantos com a beleza, suficiência e graça de Cristo. Para ele, somente Cristo pode satisfazer os desejos mais profundos do coração humano. Por essa razão, somente quando nosso coração se maravilha com quem Deus é e o que Ele fez por nós em Cristo, é que os ídolos perdem seu poder sedutor.
Essa visão da suficiência de Cristo como satisfação dos desejos do coração me ofereceu a linguagem necessária para conversar e pregar sobre a singularidade de Cristo em resposta às propostas contemporâneas de idolatria. Também me ajudou a identificar diferentes formas de idolatria contemporânea que serviram de ilustrações e aplicações para minhas mensagens. Nesse momento, ainda não havia compreendido a profundidade da teologia da idolatria de Keller, mas já havia se tornado um dos elementos mais significativos para minha abordagem de aconselhamento pastoral. Posso dizer com certeza que essa foi uma da mais importantes contribuições de Keller para o meu ministério pastoral.
Interlúdio: Outras obras importantes
Apesar da influência desses dos livros de Keller na minha vida e ministério, nos anos que seguiram, eu li alguns outros de seus livros, mas sem nenhum deles teve o mesmo impacto. Quando ensinei sobre trabalho, em uma série intitulada Vocação Secular (2021) eu li Como Integrar fé e Trabalho e o livro Evangelho na Vida. Quando ensinei sobre a oração do Pai Nosso (2021), li o livro sobre Oração. Quando ensinei sobre Fé Pública (2022), li os livros Justiça Generosa e How to Reach the West Again. Quando ensinei sobre casamento na série Família Centrada no Evangelho li o Significado do Casamento. Quando busquei outras outras fontes para enriquecer minha visão do aconselhamento, eu li Ego Transformado.
De certo modo, todos esses livros influenciaram minha vida e meu ministério, mas não com o mesmo impacto dos livros Igreja Centrada e Deuses Falsos. Eles contribuíram positivamente para minha vida e ministério, mas meu reencontro com Keller aconteceu de maneira mais inesperada.
Cânticos de Jesus: A Espiritualidade Cristã
Durante a pandemia o livro de Salmos ganhou um lugar especial no meu coração. Eu já havia pregado uma série nesse livro intitulada Remédio para Alma com a proposta de demonstrar como a sabedoria antiga da poesia hebraica poderia oferecer insights para os problemas contemporâneos. Contudo, na pandemia eu entendi que os Salmos precisavam ser ser incluídos na espiritualidade na comunidade da fé. Com isso, como igreja, decidimos investir nossa atenção ao livro de Salmos, seja enfatizando a Devoção individual (Série Salmos) seja enfatizando a vida de oração (Diante de Deus).
Em 2022 eu decidi dedicar minha atenção aos Salmos como fonte de inspiração e devoção. Passei a ler os salmos fora de ordem de acordo com a situação da vida, e encontrei nessas leituras um modelo de espiritualidade que promove uma devoção para todas as fazes da vida. No ano seguinte, decidi convidar um autor para me acompanhar durante minha leitura anual dos salmos, e, novamente por indicação de amigos, eu comecei a ler o livro Cânticos de Jesus, do Keller. Como havia iniciado a leitura em Abril, e, por ocasião de alguns importantes contratempos, eu não li todas os devocionais. Então, decidi ler novamente em 2024. Foi nessa leitura que a visão da espiritualidade cristã apresentada por Keller causou uma significativa influência na minha vida.
Nesse livro, Keller apresenta os Salmos como o manual divinamente inspirado da devoção cristã, mostrando que eles não são apenas orações antigas, mas expressões vivas do coração humano em todas as suas dimensões, em todas as fases da vida e em todo tipo de situação emocional. Para Keller, os Salmos nos ensinam a orar, a lamentar, a celebrar, a confiar e a adorar com honestidade e profundidade espiritual. Eles formam o livro de oração de Jesus. Aliás, o próprio Cristo orou os Salmos durante sua vida terrena e os cumpriu em sua morte e ressurreição. Portanto, lê-los com os olhos fixos em Jesus é essencial.
Para Keller, os Salmos são centrados em Cristo, e sua mensagem é finalmente compreendida apenas quando vemos Cristo como o centro da esperança, justiça e redenção proclamadas em cada salmo. Keller insiste que os Salmos formam o coração espiritual da Bíblia, capazes de moldar nossas emoções, vontade e imaginação para amar a Deus com todo o ser. Eles não apenas expressam nossos sentimentos diante de Deus, mas também os moldam, convidando-nos a viver em comunhão íntima com o Senhor em meio à dor, dúvida, alegria ou louvor.
Curiosamente, durante minha primeira leitura desse livro eu experimentava um importante conjunto de dores emocionais e físicas. Por um lado, uma hérnia cervical pressionava minha medula e eu passei a ter dores virtualmente insuportáveis. Por outro, o avanço da idade com suas suas limitações começaram a demonstrar que eu já não poderia realizar tudo o que gostaria, e a clara percepção da minha insuficiência tornou-se pesada demais. Somadas, essas dores me colocaram em um situação de tristeza profunda que, mais tarde, se tornariam uma depressão.
Pela graça de Deus, pude enfrentá-la lendo Salmos, que serviram de remédio para minha alma, com a ajuda de Keller, que diariamente me apresentava a necessidade do Evangelho. Não preciso nem dizer o quanto esse período foi impactante para minha visão da espiritualidade, e para minha experiência de fé.
Gospel in Life: Um modelo de Pregação
A mais importante influência de Keller não aconteceu por meio dos seus livros, mas através da sua pregação. Através do site Gospel in Life eu pude ouví-lo pregar em sua própria igreja, o que mostrava um lado muito mais pessoal e pastoral de dele. Ouví-lo pregar em grande eventos é sempre uma excelente experiência, contudo, quando ele prega em sua própria igreja ele está, em todos os sentidos, em casa. Em várias de suas pregações é possível ouvir sobre histórias pessoais, ou até de outras pessoas da igreja. É possível ouví-lo fazer algum tipo de brincadeira e ouvir a reação de riso da sua comunidade. Melhor ainda, é possível sentir a aplicação da sua teologia no púlpito.
Elementos de todos os livros que li do Keller aparecem pontualmente em suas pregações, mas é o Evangelho que sempre aparece em todas as suas mensagens. Sua abordagem de exposição bíblica temático-Cristocêntrica faz com que o Evangelho seja apresentado de modo claro para cristãos e de modo convincente para os não cristãos que ele tanto amava receber em sua igreja. Ele consegue pregar para edificar a igreja enquanto proclama o Evangelho para não cristãos. E faz isso, sempre apontando o Evangelho como satisfação última para os desejos do nosso coração.
Eu comecei ouví-lo por causa de suas pregações em grandes eventos e por causa das grandes palestras que ofereceu durante a sua vida. Mas, foi apenas em SP que o podcast da Gospel in Life passou a fazer parte da minha vida. Entre os poucos podcasts que ouço, os do Keller eram relativamente comuns nas minhas jornadas pela cidade de SP. Aliás, foi o transito de SP que me ofereceu as melhores oportunidades de ouví-lo pregar no meu carro.
Contudo, quando as dores da hérnia cervical passaram a ser insuportáveis, eu não podia mais dirigir. E pior, eu não consegui ler. As dores eram tão intensas que não conseguia ficar sentado por muito tempo, muito menos conseguia segurar um livro enquanto deitado. Com isso, a única alternativa para conseguir estudar e colocar meu coração diante de Deus era através de podcasts.
Antes de ir para o hospital, eu ouvia dois a três sermões dele por dia. No hospital, quando as medicações precisaram ser mais fortes e recorrentes, eu pedia para a Gabi colocar as mensagens para eu ouvir. Nesse momento eu já não conseguia ouvir sequer uma mensagem completa de uma vez, mas eu estava aproveitando aquele momento para buscar o Senhor nas Escrituras através da pregação. Por isso, a Gabi deixava o celular no meu peito, e, de olhos fechados, eu o ouvia pregar sobre os mais diversos assuntos. Quando saí do hospital, ao poucos fui ganhando independência e passei a escrever no celular algumas observações sobre suas mensagens, incluindo uma proposta de série de mensagens que gostaria de pregar na Fonte São Paulo: Uma série sobre o Salmo 119, que era o salmo que estava estudando com Keller antes da internação.
Essa experiência for profundamente formativa para mim. Eu ouvi tantas mensagens que pude ouvir seus ensino sem as muitas camadas editoriais dos seus livros. Sem nota de rodapé, sem bibliografia, apenas a Escritura, suas anotações e seu zelo pela comunidade.
Pregação: Um método para pregação
Meu método de pregação foi profundamente moldado pela exposição bíblica do Fernando Leite, meu amigo e mentor pastoral. Durante os anos que servi com ele na Igreja Batista Cidade Universitária, em Campinas-SP, pude aprender em primeira mão como ele se organizava para a exposição semanal. Posteriormente, Abraham Kuruvilla poderia ser descrito como a mais importante influência no meu método. Fui seu aluno no mestrado e sob sua orientação expus o Evangelho de Marcos seguindo seu comentário. Além disso, li tudo o que ele escreveu sobre a hermenêutica para pregação e sobre a prática da pregação.
Contudo, no início desse ano, resolvi incluir o livro Pregação do Keller na minha lista de leitura (2025). Depois de tê-lo ouvido pregar extensivamente, a leitura desse livro fez todo sentido pra mim. Além da estrutura clássica de uma mensagem de três pontos, e de uma abordagem Cristocêntirca, nesse livro é possível ver o método por trás da arte. E melhor, é possivel ver todas as alternativas que ele considerou durante sua vida. As notas de rodapé dessa livro são uma mina de outro para estudantes e pastores preocupados com a pregação.
De modo geral, nesse livro Keller compartilha não apenas princípios, mas o coração da sua prática pastoral. Ele entende a pregação como uma arte espiritual: é abrir as Escrituras diante do povo com fidelidade, mas também com sensibilidade às lutas e ansiedades modernas. A mensagem precisa ser profundamente bíblica e, ao mesmo tempo, acessível aos céticos e desiludidos de nossa cultura. Keller nos lembra que não basta sermos bons comunicadores ou expositores precisos, é preciso tocar o coração das pessoas. E isso só acontece quando confiamos que o Espírito de Deus usa a Palavra de Deus para gerar vida nova. Nesse sentido, seu livro é como um guia pastoral que nos ajuda a comunicar com clareza o evangelho eterno num mundo em constante mudança.
A parte mais impactante desse livro para mim foram os capítulos 2-3, na seção do livro em que Keller insiste que todo sermão precisa pregar o evangelho, sempre. Não como um anexo, mas como o centro vivo da mensagem. Keller mostra que tanto os cristãos quanto os não cristãos precisam ouvir que são mais pecadores do que imaginavam e mais amados do que ousariam sonhar. No capítulo 3, ele me ajudou a enxergar Jesus em toda a Escritura, não de forma forçada, mas orgânica. Ele apresenta caminhos (como a leitura temática, tipológica ou narrativa) para mostrar que toda a Bíblia aponta para Cristo. Não é sobre encaixar Jesus artificialmente na Escritura, mas descobrir que Ele já estava lá. Para mim, isso transformou minha maneira de preparar sermões: cada texto bíblico se tornou uma ponte para a cruz e para a esperança viva que só Cristo oferece.
A influência mais clara de Keller na minha pregação aparece na série de Daniel, uma série de mensagens construída para oferecer uma leitura contemporânea do livro de Daniel convidando nossa igreja à fidelidade a Deus em meio à nossa Babilônia (São Paulo). Essa pregação ainda mantém todos os distintivos de uma pregação minha, mas é possível sentir a influência de Keller no angulo da abordagem e nas aplicações. Apesar de ter pregado pouquíssimo no livro de Daniel (cinco mensagens ao todo em sua vida), Keller já havia impactado o meu coração pastoral bem antes de iniciar a preparação dessa série. Ouví-lo durante quase dois anos me ajudou a compreender sua ênfase pastoral, mas o seu livro me desbloqueou o método que ele usou para suas pregações. Por essa razão, posso dizer que Keller se tornou, nos anos recentes, uma das influências mais importantes do meu ministério pastoral, particularmente na pregação.
Conclusão: Um aprendizado para vida
Minha dedicação por ler e aprender com a vida e obra de Keller não tinha por objetivo buscar qualquer semelhança com ele, seja na prática, seja na visão. A proposta era ler um pastor-teólogo relevante com quem tinha bastante diferenças conceituais. A princípio, eu gostaria de abrir os horizontes da minha leitura e buscar desafiar minhas conclusões pessoais. O resultado foi um grande aprendizado, que resultou não apenas na mudança de algumas das minhas convicções, como também na identificação de uma nova forma de ver o ministério, o aconselhamento, a pregação e a suficiência do Evangelho em todas as fases e partes da vida. Devo ao Keller minha visão de um ministério centrado no Evangelho e desejo honrar ao Senhor com o que aprendi até aqui. Longe de ser um pensador original, eu sou uma colcha de retalhos, e escrevo essa série para apresentar alguns dos muitos cristãos que influenciaram minha vida.
Soli Deo Gloria