Marcelo Berti

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Afinal, o Cristão pode beber vinho?

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Introdução: Um convite à sabedoria

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jan 10, 2025
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Afinal, o Cristão pode beber vinho?
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Não é fácil falar sobre bebidas alcoólicas no contexto da responsabilidade cristã. Poucos temas são tão polêmicos e controvertidos como esse, e infelizmente, ainda existe muita desinformação sobre o assunto. Beber é pecado ou não? Qualquer bebida alcoólica é proibida ao cristão? Pode o cristão beber socialmente? É prudente para o cristão ingerir bebidas destiladas? Essas e tantas outras perguntas precisam ser respondidas. Entretanto, nesse livro pretendo responder a essas perguntas do ponto de vista da Escritura. Embora não tenha qualquer pretensão de escrever uma resposta definitiva para o assunto, minha intenção é apresentar a evidência bíblica sobre um assunto extremamente controvertido.


Por que escrever um livro sobre esse assunto?

Talvez a primeira pergunta a ser respondida nesse livro seja: Por que escrever um livro sobre a relação entre o cristão, a Escritura e as bebidas alcoólicas? Bom, esta é uma excelente pergunta. Como se sabe, este é um assunto polêmico e poucos são os que se aventuram a falar sobre o assunto. Na verdade, falar sobre o assunto já é arriscado o suficiente. Talvez por isso mesmo é que muitos outros líderes cristãos evitam um pronunciamento sobre o assunto. Entretanto, apesar de saber que existem certos riscos associados a esta iniciativa, ainda considero prudente escrever uma série sobre o assunto por algumas razões:


1. Assunto Pouco Estudado

Em primeiro lugar, eu acredito que o assunto é pouco estudado em comunidades cristãs. Diante de tantos temas considerados mais importantes e nobres, poucos pastores e líderes eclesiásticos dedicam tempo para uma análise mais abrangente dessa questão. Contudo, entendo que este tema é simultaneamente oportuno e essencial para um diálogo embasado nas Escrituras.


2. Assunto Polarizado

Em segundo lugar, percebo que o tema frequentemente se encontra polarizado de maneira negativa nas comunidades cristãs. Em muitas igrejas, o consumo de bebidas alcoólicas é rotulado como pecaminoso, tornando qualquer discussão sobre o assunto fadada ao fracasso diante da clara proibição pastoral em relação ao consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica. No entanto, questiono sinceramente se essa abordagem é saudável para a igreja e se contribui de fato para o desenvolvimento da maturidade cristã.


3. Extremos Equivocados

Em terceiro lugar, acredito que a desinformação bíblica sobre o assunto tende a criar dois monstros, ambos igualmente nocivos para o desenvolvimento cristão: o legalismo e a libertinagem. A falta de reflexão sobre o que as Escrituras realmente afirmam sobre determinado aspecto da moralidade cristã tende a levar o religioso ao legalismo e o imaturo à libertinagem. Esses dois polos nocivos devem ser evitados pelo cristão a todo custo.


4. Evidências Bíblicas

Por fim, acredito que é fundamental se apresentar evidências bíblicas de que a opinião das Escrituras nem sempre acompanha a opinião da maioria evangélica do nosso país. Acredito que é necessário combater a falta de informação bíblica sobre esse assunto, pois como já mencionei, a desinformação é muito perigosa.

Sendo assim, escrevo esse livro para auxiliar cristãos que gostariam de investigar o que as Escritura realmente ensinam sobre a relação do cristão com o vinho, com a intenção de combater ao mesmo tempo o legalismo e a libertinagem. Embora escrito em poucas páginas, esse livro condensa minha reflexão exegética a respeito de todos os termos gregos e hebraicos usados no AT e NT, bem como todos os textos relacionados ao consumo do vinho nas Escrituras. E em função disso, não escrevo esse livro como um guia ético ou cultural de como o cristão deve se portar nos dias de hoje, nem como uma orientação pastoral para jovens que procuram uma resposta simples. Em vez disso, propõe-se a explorar como hebreus e cristãos compreendiam e utilizavam o vinho, buscando assim responder à pergunta principal: é permitido ao cristão consumir vinho?


Quais são as diferentes opiniões nesse assunto?

Apesar de defender que o ensino das Escrituras é claro nesse sentido, eu reconheço que existem diferentes respostas conhecidas para essa pergunta. Aliás, nas últimas décadas, muitos livros foram escritos para responder a essa pergunta, e muitas opiniões já foram oferecidas para o assunto. Entretanto, entendo que existem apenas quatro perspectivas principais sobre a relação entre o cristão e o vinho.

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